Arquivo mensal: setembro 2022

Trabalhos desenvolvidos por colegas

Alba Conceição Marquez dos Santos
APOG de 2006-2019
 
Irma Carina Brum Macolmes
APOG desde 2006

Olá Colegas

Em continuidade a apresentação dos trabalhos realizados por APOGs, vamos apresentar um pouco da nossa participação na instituição da primeira Política de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), no âmbito da Administração Pública Estadual.

A estruturação dessa Política ocorreu, no ano de 2010, tendo como base as atividades desenvolvidas no Departamento de Modernização da Gestão Pública (DEGESP) da Secretaria, o qual estava incumbido de atuar no aperfeiçoamento do modelo e dos instrumentos de gestão, durante o Governo Yeda Crusius. O trabalho ocorreu sob a coordenação da Diretora Karen Maria Gross Lopes, servidora da PROCERGS, e da APOG Irma Carina Brum Macolmes, que exercia a função de Diretora Adjunta.

A instituição da Política de TIC teve por finalidade institucionalizar um modelo de governança de tecnologia da informação e comunicação, de modo a permitir, de forma coordenada, o planejamento, a organização e o monitoramento das atividades da área. A base desse modelo foi previamente discutida pelos Secretários Estaduais que participavam da Câmara Setorial de Gestão Pública e Finanças, a qual nossa Secretaria fazia parte.

A implementação desta Política visou sanar uma carência do Executivo, pois nas gestões administrativas anteriores, o foco da atuação em TIC se resumia à aquisição de produtos e serviços. Não havia preocupação com o desenvolvimento dos órgãos em tecnologia da informação e comunicação.

Assim, no processo de modernização da gestão pública, o Governo instituiu a Política focada na ampliação da quantidade e da qualidade dos serviços eletrônicos prestados ao cidadão, por meio da utilização de diversos canais de acesso e entrega dos serviços, de modo que o cidadão percebesse o Governo como uma única entidade organizada, constituída para satisfazer as necessidades da sociedade. Para tanto, foi fomentada a integração e a colaboração de todos os agentes públicos, órgãos e entidades da Administração Pública Estadual.

A Política de Tecnologia da Informação e Comunicação envolveu a definição de padrões técnicos de tecnologia da informação e comunicação, normas e padrões de segurança da informação; aquisição de bens, serviços e gestão de contratos envolvendo tecnologia; ampliação dos serviços eletrônicos prestados ao cidadão; e preparação de recursos humanos para atuação na área.

O desenvolvimento da Política contou com uma estrutura integrada pela Câmara Setorial de Gestão Pública e Finanças (Governadora e Secretários da SEPLAG, SGG e SEFAZ); pelo Comitê de Governança (Secretários da SEPLAG, SGG, SEFAZ e o Presidente da PROCERGS), cabendo à presidência ao Secretário do Planejamento. Havia, ainda, o Comitê Executivo de Tecnologia de Informação e Comunicação – CETIC, composto pelos Diretores do DEGESP, o Supervisor de Sistemas de Informação da Secretaria da Fazenda; e o Diretor Técnico da PROCERGS. E, por fim, um tinha um assessoramento técnico-operacional para o desenvolvimento das atividades específicas, prestado pela PROCERG, e os órgãos executores.

A principais preocupações da época foram promover o uso racional e coordenado dos ativos da tecnologia da informação e comunicação; estruturar serviços eletrônicos com foco no cidadão; promover a inovação no Governo por meio do uso intensivo da tecnologia da informação e comunicação; incentivar a formação de redes de colaboração, voltadas à difusão e à manutenção dos conhecimentos em tecnologia da informação e comunicação; consistência, confiabilidade e segurança dos dados e informações; padronização técnica dos serviços, processos, aplicações e dados; qualificação dos recursos humanos para atuação na gestão da tecnologia da informação e comunicação; integração dos serviços, processos de trabalho, bases de dados e sistemas; e a utilização da tecnologia da informação e comunicação como instrumento de transparência e controle social.

Participamos desde o início do processo, incluindo a elaboração da legislação pertinente (Decreto Estadual nº 47.140/2010) e das normativas para a implantação da Política. Diversos temas foram analisados como a aquisição ou contratação de bens e serviços de tecnologia da informação e comunicação como, por exemplo, de sistemas de geoprocessamento, de gerenciamento de documentos e de projetos. Como resultado, participamos da análise de, aproximadamente, 420 expedientes abrangendo um montante de R$ 54 milhões.

Para nós foi um trabalho muito gratificante, pois ser inovador para a época e ter por foco a modernização da gestão pública.

Trabalhos desenvolvidos por colegas

Olá, colegas! Segue aqui um breve relato de minha trajetória como APOG!

Irma Carina Brum Macolmes
APOG desde 2006

Sou graduada em Biblioteconomia e Administração, mestre em Políticas Públicas e atualmente curso Doutorado em Ciência Política na UFRGS. Minha trajetória aqui na Secretaria iniciou no ano de 2006, quando fui nomeada no Concurso.

Quando ingressei na Secretaria fui lotada no então DADE (Departamento de Acompanhamento das Empresas Estatais), que posteriormente se tornou DEGESP (Departamento de Modernização da Gestão Pública). Nesse Departamento exerci a função de Chefe de Divisão e posteriormente de Diretora-adjunta. Dentre as principais atividades conduzidas pelo Departamento estavam a elaboração e o acompanhamento dos contratos de gestão com as empresas estatais e os acordos de resultados com órgãos e entidades da administração direta e indireta. O DEGESP era também responsável por assessorar o Comitê de Governança Corporativa das Empresas Estatais formado por diversos Secretários de Estado, que tinha por objetivo analisar o desempenho dessas organizações. O Departamento desenvolvia ainda, trabalhos relacionados à governança de TIC no Estado e às parcerias com organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).

No ano de 2011, quando o DEGESP deixou de existir, passei a exercer minhas atividades no DEPLAN (Departamento de Planejamento Governamental). Lá estive como Chefe de Divisão, atuando em atividades relacionadas à elaboração, acompanhamento, avaliação e revisão do Plano Plurianual. Realizei também algumas atividades de planejamento estratégico de órgãos públicos, participando, por exemplo, da elaboração do Planejamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do RS.

No ano de 2021 fui convidada a exercer a função de Coordenação da (ASSEPLAN) Assessoria de Planejamento da SUPLAN (Subsecretaria de Planejamento), onde atuo neste momento. Na Assessoria, além do atendimento às demandas do Subsecretário e dos departamentos que compõem a Subsecretaria, gerencio o Projeto de Cooperação Técnica Internacional celebrado entre a SPGG e o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que tem por objetivo desenvolver subsídios para modernização e promoção de inovação no âmbito da gestão pública no Estado do Rio Grande do Sul, por meio da elaboração e teste de novos conteúdos e metodologias voltados a distintos aspectos da gestão pública.

Abraços a todos

A transição entre o sistema analógico e o digital

A história de cada um de nós esta solidamente enraizada nas histórias de nossos colegas. Este fato ocorreu comigo desde o ano 1986 quando iniciei a trabalhar na Secretaria de Planejamento (SEPLAN), como Técnico em Planejamento, nível A, em estágio probatório, atuando no Departamento de Avaliação do Desempenho das Estatais.

João Francisco Largher Costa,
Analista de Planejamento e Gestão
1985 a 2008,
Economista, Administrador,
Especialista em Gestão de Serviço,
Mestre em Administração Financeira

Acompanhei dois outros técnicos, o Sérgio Carvalho, que havia entrado no concurso anterior e o Paulo Nardi que entrou no mesmo concurso que eu. Tínhamos mais sete colegas que não eram do quadro da secretaria, alguns vindos do BADESUL os demais da Fazenda e éramos dirigidos pelo Milton Hausmann, secundado pelo Sergio Carvalho. Realizamos as tarefas de acompanhamento das estatais, todo o processamento era executado de forma analógica.  Nesta época, não dispúnhamos de computadores, a própria metodologia de execução era embrionária, não havia procedimentos consolidados, muito menos padronização nas análises e relatórios apresentados, apenas seguíamos os procedimentos de análise financeira. Tínhamos discussões profundas sobre a forma de realizarmos este acompanhamento, já que não existiam referências para esta atividade. Em grande parte, porque as diversas etapas de análise seguiam parâmetros estanques e eram realizadas por técnicos diferentes.

Quando o Sérgio Carvalho assumiu como Diretor substituto, passamos a ter a exigência de uma visão mais integrada. O Sérgio tomou a iniciativa de contatar a SEPLAN/PR para ver da possibilidade de importarmos o Know-how que dispunham. Desta forma trouxemos para o RS a metodologia do ADE (Avaliação de Desempenho) a qual tinha sido desenvolvida na Embratel e adaptada para gestão das empresas estatais do Governo Federal. Utilizamos esta metodologia com evolução e melhorias até o ano de 2007.

É importante frisar que de 1986 até 1991, o ADE passou de um processo de execução manual para a implementação em Excel, os documentos recebidos passaram a serem armazenados em discos magnéticos, a estrutura passou a contar com análise de produtividade além da financeira e o recebimento de dados por via magnética.

Todas as informações passaram a serem sistematizadas e de análises segmentadas passamos a realizar análises por entidade com apenas um técnico responsável por empresa.

O período de 1991 a 1995, nos encontrou em intenso processo de retorno do Orçamento da Fazenda para o Planejamento. Neste período fui enviado para a Coordenadoria de Planejamento de Curto Prazo, com a finalidade de ajudar no processo. Tínhamos de reavivar o processo de programação na Secretaria. Um período muito agitado, a entrada dos microcomputadores, a instalação da primeira rede de microcomputadores, envio, recebimento e processamento de arquivos em meio magnético. Neste período tivemos a oportunidade de auxiliar a implantar e modernizar processo de levantamento de necessidades da população através da coleta de pedidos dos cidadãos diretamente ao Estado. Esta tarefa foi implementada através de sistema desenvolvido pela PROCERGS, disseminada, melhorada e mantida pela coordenadoria. Uma pena que embora tivéssemos o conhecimento de como fazer, o estado da arte nas comunicações não nos dava as ferramentas para tal. Julgo, até hoje, que esta é a melhor forma de acesso do cidadão ao estado, direta, rápida, simples e de forma consistente.

Durante o período 1995 a 1999, retornando ao DADE participei do processo de venda das estatais. Tivemos a oportunidade de auxiliar na redução, em parte, dos riscos deste tipo de ação.

Já no período 1999 a 2003, ocorreu o processo de migração de dados processados em planilhas Excel para banco de dados. Um verdadeiro sistema instalado em rede, usando computador de grande porte e redes de microcomputadores. Tinha se como objetivo aumentar a velocidade de alimentação, disponibilizar os resultados para os usuários e tornar acessível a leigos o processo de análise. Esta evolução foi o sistema AGE. Englobava todo o aprendizado existente com a gestão de conglomerados, o monitoramento dos efeitos da ação das empresas sobre a sociedade, permitindo que os dados das empresas, regulados pela lei das AS, pudessem ser utilizados e vistos sobre a forma da legislação da administração direta, bem como a sua integração com o PPA e o Orçamento. A evolução foi ampla, pois utilizava técnicas do BSC, associadas a análise de dados e a pesquisas de satisfação junto aos cidadãos.

Entre 2003 e 2007, a evolução do sistema exigiu que fosse acelerado o processo de educação do restante da estrutura do estado. Neste período tivemos a implantação dos consultores internos os quais atuavam junto as secretarias com o fim de fazerem o link das novas metodologias. Isto me trouxe a atuar junto as secretarias, para a realização dos projetos definidos pela Programação e visando o Retorno do Orçamento para o Planejamento, o que ocorreu neste período. No final de 2007 o sistema AGE foi descontinuado e substituído pelo MAG (Monitoramento das Ações de Governo), em razão da superposição de parte de suas ações.

Já agora tínhamos tecnologia para implementar os processos de pleitos, o que poderia ter trazido ao Estado a vantagem de ter uma plataforma de votação online imediata, entretanto isto nunca ocorreu.

O período 2003 a 2007, trouxe-me de volta ao acompanhamento dos projetos, dando a oportunidade de auxiliar na preparação da justificativa físico/financeira do Projeto Rio Santa Maria, o que me levou durante algum tempo a auxiliar no desenvolvimento e criação da Secretaria de Irrigação. Como corolário durante um breve período fui cedido a Comissão de Controle Finanças da Assembleia Legislativa.

O posterior retorno ao Planejamento levou a desenvolver estudo sobre a implementação de um Comitê de Governança Corporativa para as entidades estatais. A tarefa foi executada e tive o prazer de ver pontos de vista que defendia serem aceitos no Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC. Neste mesmo período, apresentei palestra no Seminário Nacional de Gestão de Projetos do PMI/RS sob o título – A Arte do Possível e o Gerenciamento de Programas para Resultados.

Como Técnico em Planejamento, hoje Analista de Planejamento e Gestão, tenho consciência de que fizemos o possível para protegermos o cidadão e suas decisões, sobre a forma de suas necessidades serem atendidas, nestas mais de duas décadas de transição do analógico para o digital.

Trabalhos desenvolvidos por colegas

Colegas, vou apresentar um pouco da minha trajetória, com ênfase para minha atuação no serviço público e como APOG. Sou Doutora em Planejamento Urbano e Regional (2022) e graduada em Arquitetura e Urbanismo (1983), ambos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Logo após me formar atuei em Brasília/DF, por cinco anos. Retornando ao RS iniciei atividade no setor público, como professora substituta, nas Faculdades de Engenharia e Arquitetura da UFRGS (1992), e como professora no Curso Técnico de Edificações na Escola Estadual Parobé, o que me levou a cursar a especialização em Projeto de Produto-Desenho industrial (1992), e o mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela UFRGS (2000).

Rosanne Lipp João Heidrich – APOG desde 2008

Em 1998 assumi por concurso, o cargo de Técnico em Saúde e Ecologia Humana – Arquiteta, na então Secretaria de Estado da Saúde e Meio-ambiente/SSMA, atual SES/RS. A partir de então passei a realizar projetospara estabelecimentos assistenciais de saúde no estado, o que me levou a aprimorar meus conhecimentos cursando a especialização em Arquitetura e Engenharia para Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (2004).

Ao final de 2003, fui convidada a coordenar a implementação e estruturação da prevenção em saúde nos eventos ambientais adversos (desastres naturais e acidentes com produtos perigosos), no iniciante Centro Estadual de Vigilância Saúde/CEVS. Buscando ampliar meus conhecimentos cursei, na Escola de Administração da UFRGS(2005), a especialização em Gestão de Equipes, Sistemas e Serviços em Saúde.

Entre 2003 e 2008, organizei e coordenei o Núcleo de Eventos Ambientais Adversos à Saúde, NEAAS/CEVS. Nesse períodoatuei de modo intersetorial com diversos departamentos da SES/RS, do Ministério da Saúde e outros órgãos do estado, como a Defesa Civil e a Sec. do Meio Ambiente, buscandoestabelecer as diretrizes,e protocolos de atuação,em situações desafiadoras, envolvendo desastres ambientais, eidentificando os riscosàs populações nas regiões do estado, sobretudo àquelas que sofrem pela falta de saneamento e carência de habitação digna.Organizei capacitações, oficinas, cursos e seminários a fim de qualificar os profissionais das Coordenadorias de Saúde da SES/RS e das Secretarias Municipais de Saúde, para atuarem na prevenção em saúde por ocasião da ocorrência dos eventos ambientais adversos.Em função do meu envolvimento com esse trabalho, em 2008, recebi a Medalha de 3ª Ordem da Defesa Civil.

Em 2006 realizei o concurso para o cargo de Técnico em Planejamento, atual Analista de Planejamento Orçamento e Gestão/APOG, nomeada em 2008, na Secretaria de Planejamento e Gestão/SEPLAG-RS,passei a atuar no Departamento de Projetos/DEPROJ, na organização e monitoramento dos projetos estruturantes da área social. Desenvolvi e monitorei o Projeto Estruturante Emancipar, cuja carteira reunia ações de vários órgãos, com o objetivo de melhorar os indicadores sociais em municípiosdo estado.

A partir de 2010 iniciei minhas atividades no DEPLAN, passando a conhecer e analisaras características de gestão e de atuação de vários órgãos do estado,o que me permitiu apoiar seu planejamento de médio prazoao longo do desenvolvimento de seus Planos Plurianuais. Atuei com os temas da Habitação, Regularização Fundiária, Saneamento, Defesa Civil, Planejamento Regional e Metropolitano,Justiça e Desenvolvimento Social, Trabalho e Assistência Social,Cultura, Esporte e Lazer, entre outros. Participei da elaboração e acompanhamento dos PPA’s 2012-2015, 2016-2019, 2020-2023.Na busca de constante aprimoramento cursei aEspecialização em Gestão Pública na UFSM(2012),elaborando, no trabalho de conclusão, ocotejamento das diretrizes recomendadas para a saúde pelo plano de longo prazo Rumos/2015,e as ações e indicadores da SES/RSno PPA 2008/11.

Entre 2011-2014, atuei como representante da Secretaria do Planejamento no Comitê Estadual Intersetorial, responsável pela Coordenação e execução do Plano Estadual de Capacitação do Cadastro Único e Bolsa Família, e no Comitê Estadual de Mobilização pela Segurança no Trânsito, nesteintegrando o Núcleo Executivo.Entre 2012-2018 fui representante no Conselho Estadual de Saneamento/CONESAN, participando da Comissão de elaboração do Plano Estadual de Saneamento/PLANESAN, e da Câmara Técnica de Avaliação da Qualidade da Água,a qual elaborou o primeiro relatório situacional da qualidade da água para consumo humano no RS.

Em função da publicação do Estatuto da Metrópole, Lei 13.089/2015, participeicomo representante da Secretaria do Planejamento, da Comissão Especial na ALRS(2015) para Analisar a Aplicação Do Estatuto, e dos Seminários Internacionais de Governança Metropolitana, em Curitiba/PR e em Brasília/DF. Em 2018, a convite do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas/IPEA, participei do Seminário Internacional Governança Metropolitana na América Latina, representando o RS. Motivada pelo tema, curseio Doutorado em Planejamento Urbano e Regional na UFRGS, defendendo tese (02/2022) sobre a rede de atores e a governança metropolitana na RMPA. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/239984

Entre outros trabalhos publicados estão:

HEIDRICH, R. L. J.; CAMPOS, H. A. ; LUI, L. . CAPÍTULO 4 Relações Institucionais e Interfederativas na Região Metropolitana de Porto Alegre: Avanços, Desafios e Descompassos para a Governança Metropolitana. In: Costa, M. A. et al (Org.). Relações Institucionais e Interfederativas na Região Metropolitana de Porto Alegre: Avanços, Desafios e Descompassos para a Governança Metropolitana. Rio de Janeiro: Ipea, 2021, v. 5, p. 9 – 478. Disponível em: https://cutt.ly/hCHgZbm

HEIDRICH, R. L. J. ; MURATORE, A. ; CONSTANTINO, K. P. . O Reconhecimento do Direito à Moradia e o Programa de Regularização Fundiária de Interesse Social no RS. Estudos de Planejamento , v. 14, p. 2-12, 2020. Disponível em: https://cutt.ly/ZCHhpRu

HEIDRICH, R. L. J. . Gestão Pública em Saúde e o Planejamento de Longo e Médio Prazo no RS: Análise de Caso do Rumos 2015 e do PPA 2008/11 da SES/RS. Estudos De Planejamento , v. 1, p. 89-120, 2018. Disponível em: https://cutt.ly/BCHhQV1

HEIDRICH, R. L. J.; BERTÉ, A. A. ; SILVA, J. C. ; RUBBO, J. P. ; ABREU, M. B. . Avaliação da Qualidade da Água para Consumo Humano. Estudos. DEPLAN , v. 8, p. 08-34, 2017. Disponível em: https://cutt.ly/3CHhKPb

GIANLUPPI, L. D. F. CUNHA, C. G.; HEIDRICH, R. L. J. . A Transformação da Base Estratégica em Estratégias do PPA. Estudos. DEPLAN , v. 5, p. 1- 43, 2016. Disponível em: https://cutt.ly/OCHh5dG

LIPP HEIDRICH, R. Balanço do Saneamento Básico no RS. Estudos DEPLAN/Departamento de Planejamento Governamental-RS , v. 03, p. 73-89, 2015. Disponível em: https://cutt.ly/YCHjfIS

LIPP HEIDRICH, R. Habitação de Interesse Social. Estudos DEPLAN/Departamento de Planejamento Governamental , v. 03, p. 90-111, 2015. Disponível em: https://cutt.ly/8CHjvXB

HEIDRICH, R. L. J. . Eventos Ambientais Adversos: A Vigilância nos Acidentes com Produtos Perigosos e nos Desastres Naturais. Boletim Epidemiológico (Porto Alegre) , v. 9, p. 1-2, 2007. Disponível em: https://cutt.ly/MCHjFTH

Trabalhos desenvovidos por colegas

Sou servidor Público há 30 anos. Neste período trabalhei em políticas públicas e, mais recentemente, trabalhado com políticas públicas, principalmente na área social.

Paulo Augusto Coelho de Souza – APOG desde 2009/ crédito da foto: Christian Kotoman – @christian.kotoman

Minha formação é graduação em “Ciências Sociais”, pela UFRGS, Especialização em “Projetos Sociais e Culturais”, também pela UFRGS e Especialista em “Cidadania, Transparência e Controle Social” pela Escola de Governo-RS/UNILASALLE. Trabalhei por 3 anos na área da Educação e por 13 anos trabalhei na Política de Assistência Social de Porto Alegre.

Em 2009 passei a integrar a carreira de Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão da Secretaria do Planejamento do Estado do Rio Grande do Sul. Depois de passar pelo DOF, DEGESP, Consulta Popular (na SPGG e na SGGE), em 2019 fui designado para atuar no Departamento de Planejamento Governamental – DEPLAN.

Foi no DEPLAN que tive a oportunidade de trabalhar com a construção de diferentes Planos Setoriais de Políticas Públicas, dentre eles o Plano Decenal dos Direitos da Convivência Familiar e Comunitária, Plano Decenal Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Plano Decenal Estadual dos Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência e Plano Decenal Estadual dos Direitos Humanos de Pessoas com Altas Habilidades/Superdotação.

 A atuação de um Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão – APOG na elaboração de um Plano se dá em de duas maneiras. A primeira é na forma de assessoramento metodológico, mostrando as opções de metodologia existentes e as necessárias vinculações com os instrumentos de planejamento do Estado, principalmente PPA e Orçamento. A segunda é como representante da SPGG na Comissão de Elaboração destes planos, o que se dá por indicação formal da Secretaria. No mais das vezes essas duas condições se sobrepõem.

A metodologia usada na elaboração dos Planos delega esta tarefa a Comissões multidisciplinares com representação de diferentes órgãos responsáveis pelas diferentes Políticas que tratam dos temas em questão e também representantes da Sociedade Civil organizada, usuários da Política e Conselhos Representativos.

Isto exige do APOG conhecimento tanto das metodologias aplicadas como das Políticas Públicas em tela. Entretanto, a construção de um plano é, antes de mais nada, um processo de troca de experiências e de aprendizado e quanto mais diverso for o grupo que trabalha na elaboração do plano, mais intenso é o processo e supre eventuais dificuldades, principalmente no que tange ao conhecimento das diferentes políticas públicas.

Foi isso que encontrei durante o processo de construção destes diferentes Planos. Tenho aprendido muito, principalmente porque nesse processo encontrei profissionais altamente capacitados, com alto comprometimento e elevado espírito público.  Mas também encontrei, e tive o privilégio de conhecer, pessoas que vivem no seu dia a dia, na sua vida pessoal, todas as consequências da inexistência de políticas públicas capazes de responder às necessidades da população, como é o caso das pessoas com altas habilidade/superdotação, por exemplo.

Pessoas essas que não ficam passivas, que correm atrás, que se organizam, que demandam o Estado e muitas vezes são obrigadas a substituir o Estado. É por isso que essas pessoas são fundamentais na construção/elaboração de qualquer plano.

Fruto desta atuação, especificamente no Plano Decenal Estadual dos Direitos Humanos das Pessoas com Altas Habilidades/Superdotação, tive a honra de receber o Prêmio Comemorativo aos 40 anos da Associação Gaúcha de Apoio às Altas Habilidades/Superdotação – AGAAHSD. Este reconhecimento é algo muito especial e ressalto o quanto me emocionou o fato dessa iniciativa ter sido da sociedade civil, que no fim das contas é a beneficiária de toda nossa atuação como servidores públicos.

Trabalhos desenvolvidos por colegas

Colegas, vou apresentar minha trajetória no serviço público, cuja maior parte é como APOG, enfatizando os principais trabalhos realizados nesse período, destacando aquele desenvolvido mais recentemente em uma dissertação de Mestrado Acadêmico em Administração na UFRGS.

Andrei Felipe da Silva Nunes – APOG desde 2009

Comecei minha carreira como servidor militar federal, na qual ingressei por meio de concurso para cargo efetivo de Controlador de Tráfego Aéreo em 2002, desenvolvendo essa atividade em São Paulo, Acre e Brasília até 2008. Graduado em Física pela Universidade de Brasília-UnB (2007), em 2009 ingressei no cargo de APOG, que ainda não tinha essa denominação, sendo lotado no Departamento de Orçamento e Finanças-DOF ao final do curso de formação inicial. Tendo uma formação um pouco distinta da área de planejamento, em suas bases, procurei especializações em cursos oferecidos pelas escolas oficiais de governo, especialmente ESAF e ENAP, focando na área financeira e orçamentária. Nos anos iniciais ganhei experiência como setorialista de orçamento em diversas áreas do Estado, assumindo, posteriormente, a coordenação da área da Segurança Pública e, na sequência, da Infraestrutura.

Paralelo a isso, me somei aos demais colegas na busca por melhorias para a recém transformada carreira de APOG (2010). Formamos uma chapa com os Analistas recém ingressantes na carreira em 2009 para disputarmos a primeira eleição para a AAPOG com mais de uma chapa, pelo que relataram os colegas mais antigos. Ao vencermos aquela saudável e histórica disputa, exerci o cargo de Presidente da Associação em um período que conquistamos muitas melhorias para a carreira, sendo que continuo atuante como conselheiro até hoje.

No campo profissional, segui me aperfeiçoando na carreira que escolhi seguir, ainda enquanto atuava como coordenador no DOF, finalizando duas especializações. O foco dos trabalhos sempre foi agregar conteúdo teórico aplicado na prática, sendo a primeira especialização em Gestão Pública (2012) derivou um trabalho sobre as Parcerias Públicos Privadas – PPP no setor de construção e manutenção de penitenciárias, sob a perspectiva orçamentária. Esse trabalho foi desenvolvido a partir de uma participação na equipe multisetorial que avaliou essa possibilidade para o Estado. A segunda especialização foi em Direto Administrativo (2014), analisando os aspectos legais desse tipo de instrumento ainda pouco utilizado no Brasil.

No período lotado no DOF (2009-2019), além dos trabalhos acadêmicos, foram diversos trabalhos técnicos desenvolvidos buscando aperfeiçoar o trabalho da Secretaria. Lembrando que, no aspecto financeiro e orçamentário, o DOF do Planejamento sempre foi o único contraponto ao trabalho desenvolvido na SEFAZ. Esse “embate” técnico, sempre trouxe muito prestígio para a carreira junto aos Secretários de Planejamento e demais carreiras do estado, nos colocando como referência nessa área.

Com essa expertise adquirida, fui convidado a participar da estruturação da Secretaria de Administração Penitenciária do RS (SEAPEN) assumindo a função de Diretor de Orçamento e Finanças. Na sequência do trabalho acabei convidado a assumir a Direção Geral daquele órgão. Nesse contexto, havia realizado a seleção para Mestrado da Escola de Administração da UFRGS, tendo sido selecionado na área de concentração de Pesquisa Operacional, cuja atuação permeia a administração, matemática e computação na busca de ferramentas de apoio a tomada de decisão baseadas em modelos matemáticos e métodos computacionais aplicados a administração.

Já atuando na Direção Geral, coordenei a área orçamentária e de relações institucionais, em aspectos de planejamento principalmente. Com foco na busca por recursos e melhoria da execução da vinculada SUSEPE. Nesse período se desenvolveu muitos trabalhos de gestão orçamentária, recuperando e realocando recursos que estavam sem destinação ou em vias de devolução para União. Percebendo que existia poucas formas de gerir as pessoas dentro desse sistema, principalmente quando da definição da melhor forma de alocação, se vislumbrou a ideia de aplicar o estudo do mestrado no desenvolvimento de uma ferramenta de apoio a decisão nessa área.

De forma resumida, o trabalho teve por objetivo propor uma modelagem da alocação de Policiais Penais da Superintendência dos Serviços Penitenciários (SUSEPE) do Rio Grande do Sul e desenvolver um método de resolução. A proposta advém da necessidade de melhora no processo de tomada de decisão quanto ao planejamento de pessoal, sendo que tal objetivo foi resolvido por meio da utilização de métodos de otimização, os quais podem ser encontrados na literatura com diversas propostas de resolução para este tipo de problema, considerando os métodos exatos, utilizando solvers, e aproximativos, utilizando a metaheurística GRASP. As metodologias desenvolvidas foram comparadas as soluções manuais já utilizadas, de forma a validar a utilização das ferramentas. O enfoque principal da proposta é a redução de custos financeiros, porém esse trabalho visa aplicar uma resolução experimental em dois passos, abarcando também o aumento da satisfação dos servidores e a criação de uma ferramenta de gestão das alocações.

Os resultados da aplicação da metodologia foram animadores, uma vez que se apresentou uma comparação dos resultados com escalas reais praticadas, demonstrando uma boa margem de melhoria na qualidade das escalas produzidas, além de ganhos financeiros, seja por redução de custos ou por maior atendimento da demanda. Com isso abrem-se novas frentes de trabalho para produzir uma aplicação que possa ser testada na prática, utilizando o estudo realizado. Tal ferramenta encontra-se em desenvolvimento e logo deve ser apresentada para o governo como sugestão de melhoria na gestão. Além disso, amplia-se a discussão da utilização de métodos de otimização e análise de dados para dar suporte a decisão dos gestores. A meu ver, esse é um dos principais nichos de atuação de um APOG e, por ser uma área relativamente nova no setor público, devemos nos apresentar como soluções para esses métodos de solução. O conteúdo completo da dissertação, bem como seus resultados podem ser acessados no repositório da UFRGS. (https://lume.ufrgs.br/handle/10183/246520)

Atualmente encontro-me cedido ao MPRS, atuando na área de Assessoria Orçamentária, atividade normalmente ocupada pelas carreiras fazendárias. Mesmo aqui, sigo desenvolvendo projetos que possam ajudar o executivo e trabalhando para elevar o prestígio da carreira de APOG para além das fronteiras do Planejamento.

Com esse breve relato, externo meu orgulho de fazer parte dessa carreira importantíssima e que completa 50 anos de história, construída sobre o conhecimento e dedicação de cada um de seus Analistas.

Parabéns a todos nós!!

A Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão – Um Pouco de Sua História (Parte 3)

Nesse último bloco, concluímos a apresentação do histórico da SPGG.

  1. O Rumos 2015 – O Estudo de Desenvolvimento Regional e Logística para o RS objetivou atender à necessidade de combater as desigualdades regionais. Foram iniciadas pelo Governo as tratativas para realização de estudos sobre a questão regional visando à proposição de uma estratégia de desenvolvimento, contendo instrumentos de planejamento regional mais focados e de fácil operação. Para tanto, foram destinados recursos de financiamento já contratado, para a viabilização de uma licitação internacional, cujo contrato veio a ser celebrado em 18 de outubro de 2004, visando à elaboração de um amplo estudo sobre o desenvolvimento regional, que apresentasse estratégias e propostas para a construção de uma política regional. Desse processo, resultou o Estudo de Desenvolvimento Regional e Logística para o Rio Grande do Sul (Rumos 2015).
  2. O Boletim Geográfico do Rio Grande do Sul – publicação semestral da SPGG destinado ao fomento, à produção e à difusão do conhecimento que possua algum tipo de abordagem geográfica, tendo o Rio Grande do Sul como um elemento presente em análises nas escalas local, regional, nacional ou internacional. O periódico surgiu em 1955 e possuiu edições até 1980. Em 2014, foi reativado dentro do contexto das publicações de acesso livre, com submissões abertas dentro da sua política editorial.
  3. A coordenação dos Programas de Financiamentos – Programa de Apoio à Retomada do Desenvolvimento do Rio Grande Do Sul – PROREDES BIRD e PROREDES BNDES. O primeiro tem por objetivo contribuir para a retomada do desenvolvimento no Rio Grande do Sul por meio da execução de políticas públicas voltadas, respectivamente, à modernização da educação; da gestão do setor público, em especial, patrimônio e compras públicas; modernização do sistema de previdência do estado; plano estratégico de infraestrutura e logística de transportes; desenvolvimento do setor provados, em especial, dos arranjos produtivos e dos parques científicos e tecnológico. Por sua vez, o financiamento realizado através do PROREDES BNDES, foi constituído para apoiar a execução de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do setor privado e da inovação tecnológica, da infraestrutura de transporte, da modernização do sistema produtivo rural, da produção de habitação para grupos de baixa renda, da qualificação da segurança pública e da ampliação do crédito a municípios e empresas.
  4. A estruturação e a coordenação do Sistema Estadual de Gestão de Convênios, trabalho em rede sustentado por um processo de compartilhamento de informações e conhecimentos, objetivando dar maior agilidade ao andamento da captação dos recursos provenientes do Orçamento da União (transferências voluntárias), que compõem o rol de recursos financiadores de diversas políticas públicas do Estado do Rio Grande do Sul. Os recursos financeiros envolvendo o Sistema atingem a R$ 4,5 bilhões.
  5. Os Perfis Socioeconômicos dos 28 COREDES – Elaborados em 2015, sintetizam os avanços de diagnósticos, de estratégias e de proposições apresentados pelos estudos realizados nas últimas décadas, tanto pelo Estado quanto pelas regiões, constituindo-se em um ponto de partida para o processo de elaboração dos Planos Estratégicos dos 28 COREDEs e subsídio para que os órgãos governamentais aprofundem a regionalização das políticas públicas.
  6. O projeto da Infraestrutura Estadual de Dados Espaciais (IEDE) foi lançado em abril de 2018. Será implantado em parceria com o Exército brasileiro e seus recursos, no valor de R$ 24,4 milhões, são fruto de financiamento captado junto ao Banco Mundial. Seus objetivos são gerar uma base cartográfica digital do estado e desenvolver um diretório de dados e um portal de compartilhamento. O mapeamento deve começar por 70 municípios, da Região Metropolitana e arredores, e terá sua primeira etapa concluída até fevereiro de 2019. Também estão previstas parcerias com as secretarias do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), da Educação (Seduc), da Saúde (SES), Corsan, Metroplan e Daer.
  7. O Livro Genealogia dos Municípios do Rio Grande do Sul – construído a partir de consulta ao acervo legal e cartográfico da Secretaria/DEPLAN, partindo da primeira divisão administrativa, de 1809, quando o Estado tinha apenas quatro municípios (Rio Pardo, Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha e Porto Alegre), até os dias atuais com os 497 municípios. O teor é didático, escrito de forma que permita a compreensão de todos os públicos, com ilustrações e mapas históricos, além de comportar um diagrama que torna possível consultar a origem de cada um dos municípios gaúchos, assim como sua árvore genealógica. Seu lançamento ocorreu em abril de 2018.
  8. A estruturação e a coordenação da primeira Política de Tecnologia da Informação e Comunicação, em 2010, institucionalizando um modelo de governança de tecnologia da informação e comunicação para a Administração Pública Estadual, de modo a permitir, de forma coordenada, o planejamento, a organização e o monitoramento das atividades da área; e o desenvolvimento da área de tecnologia da informação e comunicação. Novamente, na gestão administrativa de 2015-2018, a Política de TIC passou a ter a devida importância para a gestão pública, tendo em razão disso, o desenvolvimento de várias inovações tecnológicas como o Processo Administrativo Eletrônico (PROA); o Programa Facilita RS, aplicativo que permite que o cidadão pesquise e navegue por todos os serviços digitais do Estado, agende seus atendimentos de forma fácil e rápida e conheça todos os demais aplicativos disponibilizados pelo governo; o Programa Sustentare que envolve a destinação e o descarte de ativos eletrônico de órgãos e entidades públicas; além dos Programas de Compartilhamento de Dados na Administração Pública e de Identificação Digital. Todas essas inovações tecnológicas, realizadas durante a gestão 2015/2018, integram o Livro Governo Digital – Simplificando Serviços para os Gaúchos.
  9. O Futuro RS é um projeto que tem como objetivo elaborar uma agenda de desenvolvimento propositiva, tratando de construir alternativas para temas para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul no horizonte de 2040. Ele busca construir estratégias e propostas que possam fazer frente aos problemas e tirar partido das oportunidades que as características do Estado oferecem. O projeto propõe um conjunto de oficinas sobre temas estratégicos, com o objetivo de encontrar soluções e elaborar propostas, para que possamos ter uma direção certa para o futuro. Durante os anos de 2016 e 2017 foram realizadas as seguintes oficinas: O envelhecimento da população gaúcha e as consequências e desafios para as políticas públicas na área da saúde e da educação; Alternativas para dinamização da indústria de transformação: o papel da inovação; Ampliação da produtividade da lavoura de grãos do RS e ampliação da produtividade, qualidade e comercialização do leite gaúcho; Dinâmicas territoriais e alternativas para o equilíbrio territorial e desenvolvimento regional; e Alternativas para as finanças públicas do Estado – Previdência Social.
  10. O estudo Regionalizações dos Órgãos Estaduais do Rio Grande do Sul publicado em novembro de 2018, o trabalho tem como objetivos mapear a situação das regionalizações desses órgãos e verificar as possíveis repercussões da compatibilização dessas regionalizações com as Regiões Funcionais de Planejamento (RFs). O Estudo oferece subsídios para uma maior organização das ações do Estado em seu território. Busca-se, com isso, contribuir para o aperfeiçoamento do planejamento e da gestão governamental do Rio Grande do Sul.
  11. A instituição da Escola de Planejamento, de Governança e de Gestão, em fevereiro de 2018, com o objetivo de promover o desenvolvimento das competências profissionais visando aprimorar e qualificar o planejamento, a governança e a gestão de políticas públicas estaduais, bem como de programas, projetos, ações do Governo e seus resultados. Voltada à educação contínua e permanente dos quadros dos servidores públicos da Secretaria e do Estado, em suas respectivas áreas de atuação, a Escola também poderá promover capacitação para profissionais do setor privado, que possuam algum instrumento de conveniamento ou contratação com o setor público estadual, especificamente nos casos que conferem à área de atuação da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.
  12. Elaboração de uma extensa carteira de projetos para celebração de parcerias público-privadas, composta por estradas e rodovias administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), pelo Zoológico de Sapucaia do Sul, pela Rodoviária de Porto Alegre. Além disso, o estudo da primeira PPP de um presídio no País, o Cais Mauá de Porto Alegre e os Aeroportos de Passo Fundo e Santo Ângelo. Em 2020 realizou-se, através da Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), a contratação da primeira PPP do Rio Grande do Sul, buscando atingir a universalização do tratamento do esgoto sanitário em municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Esteio, Gravataí, Guaíba, Sapucaia do Sul e Viamão).
  13. Ampliação do TUDO FÁCIL – Ação voltada a promover a aproximação do Estado e entregar valor a todo cidadão do RS, por meio de um atendimento integrado, híbrido, mais simples e ágil. Busca a modernização e a desburocratização dos processos, promoção da inclusão social e do espírito de cidadania, além da agilização das soluções ao cidadão por meio do Governo Digital e o fomento de um ambiente de negócios mais ágil e simples.
  14. Estruturação e estabelecimento do LabTech – Laboratório de Inovação em Tecnologia do RS, sediado no CAFF, caffworking, com foco de atuação na aceleração de uso de tecnologias emergentes e dados, e o incentivo à cultura de inovação em TIC. 

Muitos dos trabalhos que integram esse pequeno resumo, e muitos outros, passarão a ser contados pelos colegas da nossa Carreira a partir do dia 12.

A Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão – Um Pouco de Sua História (Parte 2)

Nesses 54 anos de história da Secretaria, inúmeros trabalhos tiveram a participação ou a coordenação dos Colegas da nossa Carreira. A partir de agora, e na próxima etapa, vamos apresentar um pequeno resumo sobre eles:

  1. O primeiro Programa Estadual de Desburocratização, instituído em 8 de novembro de 1979, há quatro décadas, destinado a dinamizar e a simplificar o funcionamento e as relações da Administração Pública Estadual com os seus servidores e o público em geral, tendo dentre seus principais objetivos o de contribuir para a melhoria do atendimento aos usuários dos serviços públicos pela simplificação e racionalização das rotinas administrativas.
  2. A elaboração e o acompanhamento do Plano Plurianual (PPA), desde a sua instituição na Constituição Estadual vigente integra os trabalhos desenvolvidos pela Secretaria. O primeiro PPA foi elaborado no Governo Collares, no ano de 1991, para vigorar de 1992 a 1995. O PPA 2016-2019, elaborado em 2015 contou com algumas inovações em seu processo. Primeiramente, a publicação de um decreto, que instituiu o Sistema de Elaboração, Acompanhamento e Revisão do Plano Plurianual (SISPLAG). Esse decreto previu a criação de uma rede de Coordenadores Setoriais e de responsáveis pela elaboração, acompanhamento e revisão em cada órgão do Estado. Foram realizados fóruns nas nove Regiões Funcionais, a fim de coletar os objetivos estratégicos das diferentes regiões do Estado como subsídio para as políticas públicas estaduais. Durante a elaboração do Plano, os órgãos foram estimulados a regionalizar produtos e metas de suas ações finalísticas, resultando em 40% das ações e 35% dos produtos regionalizados, o que representou grande avanço em relação aos PPAs anteriores.
  3. A instituição do Fundo de Investimentos Urbanos – FUNDURBANO-RS, tendo como finalidade dar suporte financeiro à elaboração de planos e projetos e à execução de obras de infraestrutura e bem-estar social dos centros urbanos e regiões metropolitanas do Estado, mediante operações com recursos próprios ou de terceiros.
  4. O Programa de Reforma do Estado, instituído em dezembro de 1995, com os objetivos de reestruturar a exploração pelo Estado da atividade econômica; contribuir para a redução da dívida pública do Estado; permitir a retomada de investimentos nas sociedades e atividades que fossem ser transferidas à iniciativa privada; permitir à administração pública concentrar seus esforços nas atividades em que a presença do Estado assegure o bem estar social; permitir à administração pública concentrar esforços na busca de recursos para ações de reforma do Estado. Para tanto, foram implementadas diversas medidas de desestatização de empreendimentos que caracterizavam a intervenção estatal na atividade econômica, como concessões de polos rodoviários (pedágios); inspeção de segurança veicular; abertura de capital da Companhia de Energia Elétrica e da Companhia Riograndense de Telecomunicações; reestruturação do setor portuário; alienação de imóveis inservíveis, dentre outros.
  5. Desde 1995, a coordenação da elaboração da proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), voltaram a ser exercidas pela Secretaria. Para tanto, há a elaboração de manuais técnicos que subsidiam a estruturação dessas peças orçamentárias, que são compatibilizadas com o Plano Plurianual. A LOA é composta pelo orçamento geral da administração direta, compreendendo as receitas e despesas dos Poderes do Estado, seus órgãos e fundos; pelos orçamentos das autarquias estaduais; e pelos orçamentos das fundações mantidas pelo Estado, para o exercício financeiro do ano seguinte, devendo ser enviada à Assembleia Legislativa até o dia 15 de setembro de cada ano e o Projeto de Lei encaminhado para sanção até 30 de novembro de cada ano. Já a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreende as metas e prioridades da administração pública estadual, contidas no Plano Plurianual, para o exercício financeiro do ano seguinte; orienta a elaboração dos orçamentos anuais; dispõe sobre alterações na legislação tributária e estabelece a política tarifária das empresas da administração indireta e a de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Os projetos de lei de diretrizes orçamentárias devem ser enviados à Assembleia Legislativa pelo Poder Executivo até o dia 15 de maio de cada ano. A Secretaria, além de coordenar a elaboração das peças orçamentárias, monitorar sua execução, realiza alterações qualitativas e quantitativas necessárias, orienta, coordena e supervisiona tecnicamente os órgãos setoriais de orçamento.
  6. O Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul – Lançado há 20 anos, teve em 2017, o lançamento de um novo layout da página do (http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br/inicial). O site também foi adaptado para um formato responsivo, modificando as dimensões conforme o tamanho da tela. Foram atualizados os capítulos de Infraestrutura (Logística de Transportes e Energia Elétrica), Indicadores Sociais (IDESE, Saúde e Cultura) e Economia (PIB, Agropecuária, Indústria, Exportação e Importação e Desenvolvimento Tecnológico). Além disso, foi realizado um anteprojeto para o lançamento de uma edição impressa em 2018, celebrando os 20 anos da primeira edição do Atlas.
  7. Coordenação das atividades relacionadas ao Código Estadual da Qualidade dos Serviços Públicos envolvendo a avaliação dos serviços públicos mediante a pactuação de indicadores e metas com as áreas de saúde, segurança, educação, assistência social básica, energia elétrica e água tratada.
  8. O Projeto RS 2010, publicado no ano de 1998, significou um passo importante para a retomada da atividade de planejamento de longo prazo no Estado, após anos de instabilidade. Acima de tudo, representou uma nova forma de se desenvolver a atividade de planejamento, tratando de suas dimensões global, estratégica e participativa e pondo fim à ideia de planejamento tecnocrático. Significou também a retomada da construção de uma estratégia de longo prazo para o Estado. Ressalte-se que as perspectivas e objetivos de longo prazo passaram a se tornar viáveis somente em função do novo cenário de estabilidade econômica. As múltiplas dimensões do RS 2010 foram desenvolvidas em discussões públicas, a fim de compor a visão de conjunto da problemática estadual e lançar as bases para uma estratégia de desenvolvimento. O Projeto procurou ampliar os horizontes de planejamento, para além de seus instrumentos formais, quais sejam o Orçamento Anual e o Plano Plurianual, este último pensado para um período de quatro anos. Desse modo, projetou os temas para um período de 10 anos, na época 2010. O RS 2010 foi concebido com o objetivo de prospectar as tendências de desenvolvimento na década seguinte e sugerir algumas orientações estratégicas com relação às opções que os setores público e privado deveriam adotar. Resultou na elaboração e publicação de 14 documentos. Um contendo Notas para uma Estratégia, um de Cenários e 12 temáticos, com diagnósticos setoriais centrados nas análises do comportamento, da reação e das estratégias de atuação dos atores econômicos e sociais frente ao novo cenário de estabilidade da moeda e de abertura da economia. Os cadernos compreendiam as seguintes áreas de interesse: Agregados Macroeconômicos e Balança Comercial; Agribusiness; Indústria; Comércio e Turismo; Desequilíbrios Regionais; Emprego; Pobreza Rural; Pobreza Urbana; Educação; Setor Financeiro; Infraestrutura; e Capacitação Competitiva.
  9. A coordenação do processo de implantação e implementação dos contratos de gestão na administração pública estadual, a partir de janeiro de 2005, como parte integrante da política de incremento da produtividade e da qualidade dos serviços públicos e da racionalização do uso dos recursos humanos e materiais do Estado. Os Contratos de Gestão são instrumentos de gerenciamento e acompanhamento que, além de serem utilizados nas empresas estatais, foram implementados na rede escolar pública estadual. Na área da educação, os contratos foram utilizados visando a qualificação do ensino e a otimização e racionalização de recursos humanos e materiais.
  10. Também considerado como um dos instrumentos operacionais do novo modelo de planejamento e gestão, o Sistema de Monitoramento dos Programas/Projetos Prioritários de Governo foi implantado pela SCP, em 2003, para possibilitar o acompanhamento e gerenciamento mais eficaz da execução dos programas governamentais, permitindo a geração de informações gerenciais nas áreas social, administrativa, de infraestrutura, e de desenvolvimento econômico e tecnológico, destacando-se a definição e o monitoramento de programas/projetos considerados prioritários pela gestão.
  11. A instituição, em janeiro de 2005, do Programa de Parcerias Público-Privadas do Estado do Rio Grande do Sul – PPP/RS para aplicação no âmbito da administração direta, fundos especiais, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e nas sociedades de economia mista. A Secretaria exerce atividades operacionais e de coordenação executiva do Programa. As PPPs são contratos administrativos de concessão entre poder público e uma empresa privada para a prestação de um determinado serviço, que pode envolver construção, operação, manutenção e realização de investimentos, tendo por objetivo melhorar a qualidade do serviço prestado à população. O que diferencia uma Parceria Público-Privada (PPP) de uma concessão pura é que, no caso das concessões, o parceiro privado é remunerado exclusivamente pela tarifa paga pelo cidadão. No caso das PPPs, o poder público complementa esta receita, como forma de garantir uma tarifa mais baixa e a efetiva melhoria do serviço prestado à sociedade.
  12. O RS 2030 – A Agenda de Desenvolvimento Territorial teve como objetivo identificar diretrizes para o desenvolvimento do território do Estado do Rio Grande do Sul em um futuro próximo, a partir da descrição das dinâmicas territoriais recentes. Partiu do pressuposto de que o desafio de superar os efeitos negativos das desigualdades regionais geradas no processo de desenvolvimento econômico leva à necessidade de se compreenderem os processos que induzem à maior ou menor concentração de atividades e população no território. O RS 2030 alinhou-se com os resultados dos debates propostos, em 2012 e 2013, pelo Ministério da Integração Nacional, que realizou a primeira Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional. Incorporou contribuições elaboradas nos âmbitos da sociedade civil e dos governos, para redefinição da política nacional de desenvolvimento regional. Também dialogou com a iniciativa do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que propôs aos estados, em 2012, a formulação de Agendas de Desenvolvimento Territorial. A esses esforços, somaram-se documentos elaborados pelos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDEs) e pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). A Agenda RS 2030 lançou um olhar prospectivo, com o objetivo de sintetizar percepções comuns ao processo de desenvolvimento territorial do Rio Grande do Sul.

A Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão – Um Pouco de Sua História (Parte 1)

Colegas,

Estamos começando hoje a apresentação de um pouco da história da Secretaria de Planejamento do Rio Grande do Sul. Essa apresentação se dará em (03) três partes. Nesta primeira parte, abordaremos os primeiros anos da função planejamento no governo estadual e a estruturação da Secretaria.

Desde 1953, são realizadas experiências com o objetivo de introduzir o planejamento como instrumento facilitador da ação dos governos. Em 8 de agosto de 1969, foi criada a Secretaria de Coordenação e Planejamento (SCP), a qual era responsável pelos sistemas de planejamento, orçamento-programa, estatística e pesquisa científica do Estado. Sua área de competência era basicamente a política de desenvolvimento estadual, a coordenação do plano de governo, o orçamento plurianual e anual, a integração de planos, estímulos creditícios e financeiros e a organização administrativa de forma geral.

Em 1970, a SCP passou a reunir as centrais dos sistemas de Informação Técnica e Estatística, de Pesquisa Científica e Tecnológica, de Organização Administrativa, de Processamento Eletrônico de Dados, de Recursos Hídricos, de Planejamento e de Acompanhamento Físico-financeiro de Projetos. Além disso, tinha a competência de auxiliar os municípios na elaboração de planos de desenvolvimento. Dessa forma, foi instituído na estrutura central de cada secretaria um órgão de planejamento.

De 1971 a 1975, no governo Euclides Triches, foi elaborado o Plano de Governo “Projeto Grande Rio Grande”, no qual foram priorizadas educação, saúde, indústria e agropecuária como setores-chave para o desenvolvimento socioeconômico estadual. A SCP passou, dessa forma, a elaborar o Plano para a gestão governamental. Ainda nessa época, foi criada a Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE), com o intuito de fornecer subsídios à execução do planejamento, e o quadro especial dos Técnicos em Planejamento.

No governo Synval Guazelli, de 1975 a 1979, foi elaborado o plano “Estratégia de Ação Governamental”, com a participação da SCP. A Secretaria passou a elaborar também o Orçamento Anual e foi implementado o Sistema Estadual de Planejamento (SEP). Para o funcionamento do SEP, foram essenciais o Subsistema de Informação Técnica e Estatística (SEITE), o Subsistema de Necessidades Espaciais (SNE), o Subsistema de Acompanhamento Físico-financeiro de Projetos (SAFFI) e o Subsistema de Acompanhamento de Recursos Humanos (SARH). Nesse período, a SCP teve sua importância evidenciada pela coordenação de Programas Especiais, como Agroindústria, Insumos Básicos (início das obras do Polo Petroquímico de Triunfo), Integração Lavoura-Pecuária-Indústria-Metal-Mecânica e Litoral Norte.

De 1979 a 1983, no governo Amaral de Souza, foi elaborado e executado o plano “Política de Desenvolvimento do Estado”, com a colaboração dos subsídios adquiridos no SEP, sendo acrescidos o Subsistema Estadual de Acompanhamento das Atividades de Planejamento (SEAP) e o Subsistema de Acompanhamento da Política de Governo (SAPG). Até o final do governo, foi implantado um total de 10 subsistemas. Em março de 1979, a Secretaria passa a ter outra área de competência, além das já existentes, o processamento de dados, bem como a ter integrada a sua estrutura, ainda como órgãos vinculados, o Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (BADESUL), a Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (PROCERGS), a Fundação de Ciência e Tecnologia (CIENTEC), além da FEE e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). O relacionamento do Governo com o Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) era realizado por intermédio da Secretaria. Nessa época, foi instituído o Conselho de Governo, no qual a SCP tinha assento permanente em todas as reuniões.

No governo Jair Soares, entre 1983 e 1987, a SCP teve suas competências ampliadas, uma vez que passou a formular a política de processamento de dados e de planejamento organizacional, o cadastro dos entes estatais e a avaliação de desempenho dos órgãos da administração indireta. O Orçamento passou a ser competência da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul (SEFAZ). Como órgãos vinculados, permaneceram a FAPERGS, a CIENTEC e a FEE.

Durante o governo Pedro Simon, entre os anos de 1987 a 1991, foi instituído na SCP o Sistema Estadual de Projetos e criado o Departamento Central de Projetos. O Departamento de Planejamento Organizacional foi transferido para a Secretaria de Recursos Humanos e Modernização Administrativa. A FEE continuou como entidade vinculada à SCP.

De 1991 a 1995, no governo Alceu Collares, a SCP e a Secretaria de Recursos Humanos e Modernização Administrativa foram extintas, sendo criada a Secretaria do Planejamento e da Administração, não pertencendo mais ao Gabinete do Governador. Durante este período, foram priorizadas as políticas administrativas, sendo elaborado o novo Estatuto do Servidor Público, a Lei Complementar 10.098 (RS, 1994) e suas alterações.

Com a aprovação da Lei nº 10.356, de 10 de janeiro de 1995, proposta do Governo Antônio Britto, recriou-se em 10 de janeiro de 1995, a Secretaria da Coordenação e Planejamento – SCP, integrando-a novamente ao Gabinete do Governador (Governadoria), o que vigora até os dias de hoje. Grande desafio que passou a competir à Secretaria foi o de estruturar o plano estadual de desenvolvimento previsto na constituição estadual, através de um processo coletivo, democrático e aprofundado de discussão de problemas da sociedade rio-grandense. Essa competência deu origem a inúmeros trabalhos/estudos coordenados pela Secretaria ao longo de seus quase cinquenta anos, como o RS 201O, Rumos 2015, RS 2030 e o Futuro RS.

Nesta gestão, voltou a ter as competências de planejamento, coordenação, programação, orçamento, avaliação das políticas do governo, planejamento territorial e regional e apoio aos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDEs). A partir de 1998, a SCP passou a coordenar a inclusão do orçamento dos COREDEs no orçamento estadual, com a instituição da primeira consulta popular, de caráter estadual, sobre a destinação de recursos orçamentários de investimentos de interesse regional. Ainda, foi criado o Banco de Dados Caderno de Metas, uma das primeiras iniciativas de acompanhamento das ações prioritárias de governo, incluindo os órgãos da administração direta e indireta. Como órgãos vinculados à SCP, estavam a FEE e a Fundação de Planejamento Metropolitano e Regional (METROPLAN).

Em janeiro de 1999, na gestão Olívio Dutra, a SCP passou por mais uma reestruturação incorporando o Gabinete da Metade Sul.

Em 2003, no governo Germano Rigotto, a SCP teve suas funções novamente ampliadas, agregando a Secretaria Geral de Governo (SGG), ação que se repetiu no ano de 2017. Na gestão Rigotto, a ampliação teve como foco a coordenação e o acompanhamento de projetos de desenvolvimento social, econômico e tecnológico, e de infraestrutura. O Departamento de Desenvolvimento Regional e Urbano foi absorvido pelo Departamento de Coordenação e Acompanhamento de Projetos Sociais, além disso, o Gabinete da Metade Sul foi desvinculado da Secretaria, passando a integrar o Gabinete de Combate às Desigualdades Regionais, vinculado ao Gabinete do Governador.

Durante o governo Yeda Crusius, a partir de 2007, a Secretaria passou a ser denominada Secretaria do Planejamento e Gestão (SEPLAG), agregando uma nova visão, na qual o planejamento foi integrado à gestão, em busca da implementação de ações transformadoras da administração pública, vinculando as metas do plano ao desempenho das organizações, através do monitoramento de indicadores de esforço e de resultado. Nesse contexto, houve a preocupação com a função de coordenar a implementação de políticas transformadoras de gestão, visando o fortalecimento e a otimização da capacidade do Governo Estadual, através do uso da promoção de mecanismos de avaliação do desempenho e de resultados na administração pública. Como órgãos vinculados à SEPLAG, estavam a FEE e a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (AGERGS).

Por sua vez, no governo Tarso Genro, iniciado em 2011, a Secretaria passa a denominar-se Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã (SEPLAG) acrescentando, além das funções anteriores, a de coordenação e promoção do Sistema de Participação Cidadã, que congrega as relações entre Governo e Sociedade na elaboração conjunta das Propostas de Plano Plurianual (PPA) e de Leis Orçamentárias Anuais (LOA), das discussões e deliberações dos Conselhos Setoriais e de Direitos, das opiniões e sugestões encaminhadas pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), da construção colaborativa da agenda e diálogo direto com o Governador através do Gabinete Digital, ou ainda através das proposições do Portal da Participação. Como órgãos vinculados à SEPLAG, permanecem a FEE e a AGERGS. Nesta gestão, a Secretaria também se focou na ação de captação de recursos de financiamento (empréstimos de fontes nacionais e internacionais), realizando a intermediação com agências bilaterais e multilaterais de fomento visando fomentar projetos de interesse estratégico do Estado, com o BNDES, BIRD e BID.

Inicialmente, no governo de José Ivo Sartori, iniciado em 2015, a Secretaria passou a denominar-se Secretaria do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, dando ênfase a todas as ações até então desenvolvidas e incorporando o planejamento metropolitano com a vinculação da Fundação METROPLAN. Dentre as competências evidenciadas encontram-se a de coordenar as atividades da consulta popular; fortalecer as relações com municípios e regiões do Estado; acompanhar a execução dos projetos prioritários do governo e seus resultados. Na segunda metade da gestão, houve a fusão das Secretarias Geral de Governo e do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, passando a denominar-se Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.

No ano de 2019, no Governo Eduardo Leite, houve a fusão da Secretaria de Planejamento com a Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos, passando agora a incorporar também a política de compras e procedimentos licitatórios; administração do patrimônio, do transporte oficial, do Centro Administrativo do Estado; políticas de gestão de recursos humanos; perícia médica do servidor público e medicina ocupacional; políticas de gestão de organização administrativa; gestão documental; desenvolvimento, qualificação, capacitação e formação dos recursos humanos; promover a assistência social ao servidor público e a seus dependentes; desenvolvimento de projetos, programas e atividades permanentes de modernização administrativa e inovação, atualizando a gestão e incrementando as ações de eficiência gerencial. A Secretaria de Planejamento perdeu as funções de governança e gestão Estratégica até janeiro de 2021, quando houve uma nova fusão, agora com a Secretaria de Governança e Gestão Estratégica, passando a Secretaria a incorporar todas essas funções: planejamento, orçamento, governança, gestão estratégica; e administração de recursos humanos, compras e licitações, patrimônio, transporte oficial, organização administrativa.

Na próxima etapa, começaremos a apresentar os trabalhos desenvolvidos pela área de planejamento governamental.

50 Anos de Carreira

Colegas

No ano que vem, no dia 22 de janeiro, a nossa Carreira completará 50 anos. A partir do dia 1º de setembro estaremos divulgando neste site um pouco da nossa trajetória. São inúmeros trabalhos desenvolvidos, que tiveram a coordenação e/ou a participação dos Técnicos em Planejamento e Analistas em Planejamento, Orçamento e Gestão.

Desde 1953, a função planejamento vem sendo introduzida no setor público estadual, como instrumento facilitador da ação governamental. Em 8 de agosto de 1969, durante a gestão do Governador Walter Peracchi Barcellos(1967-1971), foi criada a Secretaria de Coordenação e Planejamento (SCP), órgão responsável pelos sistemas de planejamento, orçamento-programa, estatística e pesquisa científica do Estado. Sua área de competência era basicamente a política de desenvolvimento estadual, a coordenação do plano de governo, o orçamento plurianual e anual, a integração de planos, estímulos creditícios e financeiros e a organização administrativa de forma geral.

Nesse contexto, em 1973, durante a gestão do Governador Euclides Triches (1971-1975), foi criada a nossa Carreira com a denominação de Técnico em Planejamento. Essa criação se deu em face da necessidade de se ter um corpo técnico, com formação de nível superior, capacitado para atuar na elaboração, análise e na avaliação de planos, programas e projetos do Setor Público voltados ao desenvolvimento econômico do Estado; elaboração de estudos visando à fixação de prioridades para a aplicação de recursos econômicos; auxílio na coordenação de programas e projetos do governo; realização de estudos, acompanhamento e controle dos projetos e programas governamentais; orientação e coordenação de grupos de trabalho incumbidos de pesquisas econômicas em geral; realização de estudos visando a compatibilização dos planos estaduais com os nacionais; promoção de estudos e análises dos indicadores conjunturais; realização de estudos e pesquisas objetivando à montagem e implantação dos diversos Sistemas de Administração Estadual, modernização administrativa, aperfeiçoamento progressivo dos processos e padrões do sistema orçamentário; elaboração de projetos de lei e de decreto sobre assuntos econômico-financeiros; realização de estudos relativos à quantificação e formulação das despesas públicas; coordenação e orientação técnica do processo de elaboração e implementação de propostas orçamentárias e revisões do orçamento; além do desenvolvimento de vários trabalhos envolvendo questões econômicas, financeiras e administrativas em geral.

O planejamento no setor público foi ao longo do tempo evoluindo, incorporando ferramentas e potentes técnicas associadas às, igualmente novas, noções de planejamento estratégico e situacional. Os Analistas de Planejamento, ao longo desse período acompanharam essas transformação e, por legitimidade, se transformaram no repositório do todo esse imenso e inestimável conhecimento que confere, não somente, especial expertise a esta carreira de Estado, mas também – a seus integrantes – a singular condição de atores fundamentais no âmbito do desenvolvimento do planejamento estratégico, da estruturação e implementação de políticas públicas, da busca da eficácia da eficiência  e da ampliação das capacidades de governo. Esta evolução continuada não se deu sem o enfrentamento de dificuldades e desafios que ainda hoje perduram e tendem a se propagar no futuro. Dar sequência a este processo de capacitação, de preservação e divulgação deste patrimônio – único e insubstituível – é o motivo pelo qual passaremos a passaremos a apresentar a partir de hoje trabalhos desenvolvidos pelos Colegas começando com um pouco do histórico da Secretaria.